Você sabia que os reajustes dos planos de saúde mudam de acordo com o tipo de contratação? O reajuste tipicamente divulgado pela ANS, o qual estampa diversos noticiários do país, refere-se ao plano de saúde individual/familiar, o qual representa menos de 20% de todos os beneficiários.
Na verdade, o tipo de plano de saúde mais contratado é o plano de saúde coletivo empresarial, o qual representa 70% dos beneficiários totais. O reajuste dos planos empresariais é calculado de maneira completamente diferente do individual, e inclusive também muda de acordo com o tamanho da empresa e da quantidade de beneficiários.
Como funciona o reajuste do plano de saúde empresarial PME
O plano de saúde para MEI (Microempreendedor Individual) e PME (Pequena e Média Empresa) geralmente são tratados pelas operadoras no mesmo conceito, com poucas exceções. A maioria desses planos começa com um mínimo de 2 vidas (titular + dependentes) e tem um máximo que pode chegar a 50, 100 e até 500 vidas, dependendo do plano e da operadora.
Segundo a RN 565 estabelecida pela ANS, as operadoras de planos de saúde coletivos empresariais devem realizar um agrupamento das suas apólices com menos de 29 vidas (ou conforme determinado pela própria operadora) para realizar o cálculo do reajuste desses planos.
Enquanto os planos de saúde individuais ou familiares têm seu reajuste estabelecido pela ANS, o cálculo para o reajuste dos planos PME vai depender desse agrupamento.
É necessário que a operadora seja transparente acerca da inclusão daquela apólice no pool de risco e deixe isso claro no contrato, assim como o que será incluído no cálculo de reajuste.
Isso significa que mesmo que uma das empresas tenha uma taxa de sinistralidade considerada saudável, o reajuste ainda vai depender das outras apólices incluídas no agrupamento.
Como funciona o reajuste para grandes empresas
Segundo os principais institutos de pesquisa no país, para uma empresa ser considerada de grande porte, ela precisa ter:
Em setores como o de serviços e comércio: mínimo 100 funcionários, já o industrial: mínimo de 500 funcionários.
O conceito das operadoras para constituir o plano de saúde PJ varia; em algumas, é necessário ter ao menos 100 vidas (entre titulares e dependentes), já outras consideram o mínimo como 250, 500 ou mais vidas. Tudo vai depender das normas da própria operadora e quais setores ela atende.
Justamente por constituir uma carteira muito grande por si só, planos de saúde PJ são geridos de uma maneira diferente dos outros planos empresariais. Cada apólice tem um cuidado individualizado e não depende de um agrupamento, permitindo uma liberdade maior nas negociações entre empresa e operadora.
Isso significa que o reajuste dos planos de saúde corporativos de grandes empresas depende da própria taxa de sinistralidade, além de fatores externos como inflação e outros aspectos da economia, e do acerto com a operadora.
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